segunda-feira, janeiro 31, 2011

PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO NACIONAL

TEXTO COMPLEMENTAR - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
  Projeto Pedagógico: um estudo introdutório

Maria Adelia Teixeira Baffi
Mestre em Educação - UFRJ
Doutoranda em Pedagogia Social - UNED
Professora Titular FE/UCP

Petrópolis, 2002

      Vivemos a época da "cultura de projeto" em nossa sociedade, onde as condutas de antecipação para prever e explorar o futuro fazem parte de nosso presente. Essa influência do futuro sobre nossas adaptações cotidianas só faz sentido se o domínio que tentamos desenvolver sobre os diferentes espaço cumpre a função de melhorar as condições de vida do ser humano. Portanto, foi a partir desse pensar inicial que surgiu este texto, com o objetivo de melhor compreender o significado e o processo do projeto pedagógico.
      Partindo do óbvio, como sugere Gadotti (2001), a palavra projeto vem do verbo projetar, lançar-se para frente, dando sempre a idéia de movimento, de mudança. A sua origem etimológica, como explica Veiga (2001, p. 12), vem confirmar essa forma de entender o termo projeto que "vem do latim projectu, particípio passado do verbo projecere, que significa lançar para diante". Na definição de Alvaréz (1998) o projeto representa o laço entre presente e futuro, sendo ele a marca da passagem do presente para o futuro. Para Fagundes (1999), o projeto é uma atividade natural e intencional que o ser humano uti1iza para procurar solucionar problemas e construir conhecimentos. Alvaréz (op cit) afirma que, no mundo contemporâneo, o projeto é a mola do dinamismo, se tomando em instrumento indispensável de ação e transformação.
      Boutinet (2002), em seu estudo sobre a antropologia do projeto, explica que o termo projeto teve seu reconhecimento no final XVII e a primeira tentativa de formalização de um projeto foi através da criação arquitetônica, com o sentido semelhante ao que nele se reconhece atualmente, apesar da marca do pensamento medieval "no qual o presente pretende ser a reatualização de um passado considerado como jamais decorrido" (p. 34).
      Na tentativa de uma síntese, pode-se dizer que a palavra projeto faz referência a idéia de frentes um projetar, lançar para, a ação intencional e sistemática, onde estio presentes: a utopia concreta/confiança, a ruptura/continuidade e o instituinte/instituído. Segundo Gadotti (cit por Veiga, 2001, p. 18),
      Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.

      E o projeto com a qualificação de pedagógico, qual é o seu significado? De repente, em meados da década de 90, a idéia de projeto pedagógico vem tomando corpo no discurso oficial e em quase todas as instituições de ensino, espalhadas nesse imenso Brasil. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/94), em seu artigo 12, inciso I, prevê que "os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terno a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica", deixando explícita a idéia de que a escola não pode prescindir da reflexão sobre sua intencionalidade educativa. Assim sendo, o projeto pedagógico passou a ser objeto prioritário de estudo e de muita discussão.
      Para André (2001, p. 188) o projeto pedagógico não é somente uma carta de intenções, nem apenas uma exigência de ordem administrativa, pois deve "expressar a reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os profissionais da escola, no sentido de atender às diretrizes do sistema nacional de Educação, bem como às necessidades locais e específicas da clientela da escola"; ele é "a concretização da identidade da escola e do oferecimento de garantias para um ensino de qualidade". Segundo Libâneo (2001, p. 125), o projeto pedagógico "deve ser compreendido como instrumento e processo de organização da escola", tendo em conta as características do instituído e do instituinte. Segundo Vasconcellos (1995), o projeto pedagógico
      é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. E uma metodologia de trabalho que possibilita resignicar a ação de todos os agentes da instituição (p. 143).

      Para Veiga (1998), o projeto pedagógico não é um conjunto de planos e projetos de professores, nem somente um documento que trata das diretrizes pedagógicas da instituição educativa, mas um produto específico que reflete a realidade da escola, situada em um contexto mais amplo que a influencia e que pode ser por ela influenciado". Portanto, trata-se de um instrumento que permite clarificar a ação educativa da instituição educacional em sua totalidade. O projeto pedagógico tem como propósito a explicitação dos fundamentos teóricos-metodológicos, dos objetivos, do tipo de organização e das formas de implementação e de avaliação institucional (p. 11-113).
      O projeto pedagógico não é modismo e nem é documento para ficar engavetado em uma mesa na sala de direção da escola, ele transcende o simples agrupamento de planos de ensino e atividades diversificadas, pois é um instrumento do trabalho que indica rumo, direção e construído com a participação de todos os profissionais da instituição.
      O projeto pedagógico tem duas dimensões, como explicam André (2001) e Veiga (1998): a política e a pedagógica. Ele "é político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade" (André, p. 189) e é pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo". Essa última é a dimensão que trata de definir as ações educativas da escola, visando a efetivação de seus propósitos e sua intencionalidade (Veiga, p. 12). Assim sendo, a "dimensão política se cumpre na medida em que em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica" (Saviani, cit por Veiga, 2001, p. 13).
      Para Veiga (2001, p. 11) a concepção de um projeto pedagógico deve apresentar características tais como:
      a) ser processo participativo de decisões;
      b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições;
      c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo;
      d) conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade especifica;
      e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão.

      A execução de um projeto pedagógico de qualidade deve, segundo a mesma autora:
      a) nascer da própria realidade, tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem;
      b) ser exeqüível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação;
      c) ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola,
      d) ser construído continuamente, pois com produto, é também processo.

      Falar da construção do projeto pedagógico é falar de planejamento no contexto de um processo participativo, onde o passo inicial é a elaboração do marco referencial, sendo este a luz que deverá iluminar o fazer das demais etapas. Alguns autores que tratam do planejamento, como por exemplo Moacir Gadotti, falam simplesmente em referencial, mas outros, como Danilo Gandin, distinguem nele três marcos: situacional, doutrinal e operativo.

REFERÊNCIAS:
ANDRE,M. E. D. O projeto pedagógico como suporte para novas formas de avaliação. IN. Amélia Domingues de Castro e Anna Maria Pessoa de Carvalho (Orgs.). Ensinar a Ensinar. São Paulo, 2001.
BOUTINET, J. Antropologia do projeto. 5. ed. Porto Alegre: ARTMED, 2002.
LIBNLO, J. C. Organização e Gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e Projeto Educativo. São Paulo: Libertat, 1995.
VEIGA, I. P. A. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 23. ed. Campinas: Papirus, 2001.
_______ . Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 4. ed. Campinas: Papirus, 1998.

FONTE:Para referência desta página:

BAFFI, Maria Adelia Teixeira. Projeto Pedagógico: um estudo introdutório. Pedagogia em Foco, Petrópolis, 2002. Disponível em: . Acesso em: 30/01/2011.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Prova N1


PROVA - GESTÃO E ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

1. Conceitue “Escola Democrática” a partir da idéia de construção coletiva do Projeto Político Pedagógico. 
Numa escola democrática, a construção do PPP se dá coletivamente, cotando com a participação de todos os segmentos envolvidos na vida escolar, respeitando as idéias e valores de cada um.

2-    Quais os desafios a que é chamada a escola considerando as atuais condições do mundo do trabalho globalizado?
Armar um sistema educacional para toda a vida do aluno, que os coloque em contato com o contínuo aumento dos conhecimentos, das fontes de informação e das transformações atuais, sendo assim um passaporte que o capacite à cidadania e ao mundo do trabalho.

3-    Quais as transformações necessárias para a atuação da escola na construção da cidadania dos agentes que nela atuam?
É somente numa escola onde se pratique e viva a gestão democrática é possível, efetivamente, formar para a cidadania, pois há a participação efetiva de todos; além disso é preciso haver qualidade na formação dos alunos.

4-    Segundo Kuenzer (1999, p.175) um dos eixos a serem contemplados na formação dos professores do Ensino Médio e Profissional é o eixo da Ética. Comente esta afirmativa.
Envolve a compreensão das finalidades e responsabilidades de cada um no processo educativo, em sua relação com a construção de relações sociais e produtivas segundo os princípios de solidariedade, democracia e justiça social.



Prova 02

N1 Gestão E Organização Escolar

1- Segundo os estudos mais recentes responda. O que faz de um estabelecimento de ensino uma escola de qualidade?

2 - Quais são os principais desafios na atualidade para a administração escolar?

3- Quais são as ações que desencadeiam uma ampliação horizontal e vertical dos valores de democracia dentro da escola?

4- A liderança é um atributo importante na atuação do gestor escolar. A partir desta afirmação relacione cinco atitudes que demonstram a atuação de um líder

PROVA 03                                                                                        
1 - A partir  dos estudos feitos sobre gestão participativa elabore uma situação problema que tenha como foco o papel da organização escolar no mundo globalizado, considerando a formação da cidadania.

2- "A educação é um fenônemo próprio dos seres humanos que inicia com um processo de transformação  da natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura" (SAVIANI, 1991). A partir desta afirmativa, explique o que significa a produção do trabalho material e trabalho não material produzido pelo homem.

3 - Quais as medidas que você, como gestor, tomaria para tornar uma escola democrática?

4 - Cite 3 formas efetivas de participação coletiva em uma gestão escolar. 

PROVA 04                                                                                         

1 - A liderança é um atributo importante na atuação do gestor escolar. A partir desta afirmação relacione cinco atitudes que demonstram a atuação de um líder.

2 - Conceitue “Escola Democrática” a partir da idéia de construção coletiva do Projeto Político Pedagógico.

3- Quais os desafios a que é chamada a escola considerando as atuais condições do mundo do trabalho globalizado?

4 - Quais as transformações necessárias para a atuação da escola na construção da cidadania dos agentes que nela atuam?

PROVA 05                                                                                        

1- Qual relação a ser estabelecida entre o contexto social e econômico da atualidade e a Gestão da Educação?

2 - Explique a responsabilidade sobre a Gestão da Educação dentro do contexto moderno a partir dos impactos e demandas econômicas, políticas e sociais, culturais e tecnológicas.

3 - Existem alguns valores de fundamental importância para a educação na atualidade, eleja 05 valores e justifique sua escolha.

4 - REPETIDA

GESTÃO E ORGANIZAÇÃO ESCOLAR [resumo]


Gestão e Organização Escolar

Aula 1 – Gestão da Educação

Resumo elaborado por Nanci Fachini


► Educação
     ■ É um processo tipicamente humano, porque ela possui intencionalidade e atividade.
     ■ “A educação supõe um processo tipicamente humano, que se realiza de forma intencional e integradora
        para organização do comportamento mais conveniente para cada sujeito em seu entorno próprio, e
        determinado pela aquisição de conhecimentos, automatização de formas de atuação e a interiorização de
        atitudes que lhe atribuem valor em seu conjunto e em suas peculiaridades”. (Gento, 1996).
     ■ A educação é um processo de trabalho, um processo de produção:
        ▪ Trabalho material.
        Trabalho não material.
     ■ A educação pertence à categoria de trabalho não material.

► Gestão da Educação
     ■ É a tomada de decisões.
     ■ É o conhecimento na organização social e econômica atual.
     ■ É a importância da educação e sua gestão, no processo de transmissão, assimilação do conhecimento
        científico.
     ■ Gestão → do latim: gestio – õnis.
     ■ Gestão é administração, tomada de decisões, organização, direção.
     Gestão da Educação é a formação para o exercício da cidadania.
     ■ É a responsável por garantir a qualidade da educação.
     ■ É a relação das pessoas com o conhecimento.
        ▪ Todo saber tem um sabor inestimável.
        ▪ A escola é o lócus adequado para fornecer o passaporte da cidadania.
       


Gestão e Organização Escolar

Aula 2 – As Mudanças no Mundo do Trabalho, a Gestão Democrática da Educação e a

Função Social da Escola

Resumo elaborado por Nanci Fachini

Existe uma relação intrínseca entre as transformações do mundo do trabalho e a função social da escola.
A Gestão da Educação vai garantir a direção na formação da cidadania e a educação como mediação no
     seio da prática social global.
As transformações se deram nas tecnologias microeletrônicas, ocasionando uma grande revolução em
     todas as frentes da vida e da produção da existência.
As contribuições tecnológicas e violências geram desafios para a educação e sua gestão.
     ■ Plano econômico-social, ético-político, cultural e educacional.
Como lidar com a violência e o desemprego?
1.     Desenvolvimento para o mundo do trabalho → transformações no mundo do trabalho.
2.     Aprender sempre → Gestão da Educação.
3.     Flexibilização → flexibilidade de aprendizagens.
      ■ A flexibilidade contêm dois conceitos:
          a) Ordem Capitalista →competitividade, individualidade.
          b) Ótica democrática → concepção humana → trabalha com a competência.
4. Desafios das escolas:
    a) Lidar com as éticas do mundo atual.
    b) superação da mídia.

Gestão da Educação
     ■ Carta Constitucional Brasileira.
     ■ Carta Magna – Lei 9394/96
         Lei 9394/96 – Art. 14
             “Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação
              básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios”:
               I – Participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP)
                    da escola.
               II – Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
              Art. 15
              “Os sistemas de ensino assegurarão, às unidades escolares públicas de educação básica que os
               integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira,
               observadas as normas gerais de direito financeiro”.
              Art. 3º
              Princípios que deverão embasar o ensino e a construção da autonomia da escola.
         Constituição Brasileira – Constituição Federal – Art. 206
             “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
               I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
              II _ Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
             III _ Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e
                    privadas de ensino;
             IV _ Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
              V – Valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma da lei, plano de carreira para o
                    magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público
                    de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela
                    União;
             VI – Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
                     “(...) a capacidade de linguagens, incorporando, além da língua portuguesa, a língua estrangeira
                      e as novas formas trazidas pela semiótica; a autonomia intelectual, para resolver problemas
                      práticos, utilizando os conhecimentos científicos, buscando aperfeiçoamento continuamente; a
                      autonomia moral, por meio da capacidade de enfrentar novas situações que exigem
                      posicionamento ético; finalmente a capacidade de comprometer-se com o trabalho, entendido em
                      sua forma mais ampla de construção do homem e da sociedade, por meio da responsabilidade,
                      da crítica, da criatividade”. (Kuenzer, 2003).
                     “Gestão democrática é um processo de aprendizado e de luta política que não se circunscreve
                      aos limites da prática educativa, mas vislumbra, nas especificidades dessa prática social e de
                      sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de
                      aprendizado do ‘jogo’ democrático e, consequentemente, do repensar, das estruturas do poder
                      autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas, as práticas educativas”.
                      (Dourado, 1998).
              VII _ Garantia de padrão de qualidade.

► Gestão Democrática da Educação
      ■ “A Gestão Democrática da Educação é hoje, um valor já consagrado no Brasil e no mundo, embora ainda
          não totalmente compreendido e incorporado à prática social e incorporado à prática educacional
          brasileira e mundial.
          É indubitável sua importância como um recurso de participação humana e de formação para a cidadania.
          É indubitável sua necessidade para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
          É indubitável sua importância como fonte de humanização.” (Ferreira, 2001).
       ■ “A Gestão Escolar constitui uma dimensão da educação institucional cuja prática põe em evidência o
           cruzamento de intenções reguladoras e o exercício do controle por patê da administração educacional,
           as necessidades sentidas pelos professores de enfrentar seu próprio desenvolvimento profissional no
           âmbito mais imediato do seu desempenho e as legítimas demandas dos cidadãos de terem interlocutor
           próximo que lhes dê razão e garantia de qualidade na prestação coletiva deste serviço educativo”.
           (Sacristã, 1995).




Gestão e Organização Escolar

Aula 3 – A Gestão da Educação como Realidade Política

Resumo elaborado por Nanci Fachini

Política, na Antiga Grécia, vem da Polis que significa: cidade.
Ser político é participar das decisões da sociedade.
A escola é o lócus de formação para a cidadania.

► Relação Educação e Sociedade
     ■ A escola oferece um tipo de formação que não é, facilmente, adquirida em lugar algum.
     ■ “A escola é uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado, existindo para
         propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso a esse saber”. (Salviani, 1991).
     ■ A formação abarca as dimensões científica, técnico, ética, e humana que se constituem de elementos
        cognitivos e elementos atitudinais.
     ■ A passagem pela escola, assim como o desempenho desta com os alunos e alunas, têm influência
        relevante sobre o acesso às oportunidades sociais da vida em sociedade.
     ■ A escola é “lócus de reprodução e lócus de produção de políticas, orientações e regras”. (Lima, 2002).
     ■ A escola tem que ser de excelente qualidade  e para que isso ocorra, tem que haver a administração da
        educação com:
         ▪ Qualidade de formação;
         ▪ Profissionais competentes;
         ▪ Ensino de qualidade;
         ▪ Relação de respeito.

► Cultura Organizacional da Escola
     ■ Muitos professores trabalham, ainda, mecanicamente com seus alunos.
     ■ Estamos num mundo de avanço tecnológicos, e os professores têm que entender e absorver essa
        globalização e passar para seus alunos.
         ▪ Globalitarismo é:
            - Globalização + totalitarismo = globalitarismo.
     ■ Precisamos trabalhar com os alunos a contra-hegemonia, alicerçada na:
        ▪ Solidariedade;
        ▪ Fraternidade;
        ▪ Igualdade;
        ▪ Liberdade.

“O ensino possui o fascínio das coisas vitais”. (Antonio Gramsci).



Gestão e Organização Escolar

Aula 4 – Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico

Resumo elaborado por Nanci Fachini


A Organização da Escola, a elaboração do Projeto Político Pedagógico, vem atender a uma norma que é
     das Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96.
A importância da gestão democrática para a educação, tornando parceiros nesta empreitada:
     ● Estabelecimentos de ensino – Art. 12;
     ● A importância da participação dos docentes – Art. 13;
     ● A importância dos sistemas de ensino – Art. 14.
A lei é comprometida com a democracia.

► Projeto Político Pedagógico (PPP)
     ■ “É um ensaio de leitura do contexto sócio-político-econômico-cultural da comunidade local e da
          comunidade global”.
     ■ É a identidade da escola.
     ■ É um documento fonte/instrumento das políticas educacionais em ação na escola.
     ■ É construído coletivamente.
     ■ Seus objetivos são precisamente expressos.
     ■ É um documento que garante a formação da cidadania.
     ■ O PPP deve conter não só a formação do cidadão, mas as formas operacionais que devem garantir essa
        formação.
     ■ O PPP nasce com o propósito de assumir uma ou mais categorias de análise, capaz (es) de favorecer a
        compreensão da realidade.
        ▪ Identidade da Unidade Escolar.
        ▪ Experiência concreta para o agir da escola.
        ▪ Relação singular global:
           - dimensão local.
           - dimensão global.

► Gestão Democrática da Educação
     ■ Possibilita a realização de todos na construção do seu próprio projeto de formação humana.
     ■ “... pensar e definir gestão democrática da educação para uma formação humana, (...) contemplando o
        currículo escolar de conteúdos e práticas baseadas na solidariedade, e nos valores humanos que
        compõem o construto ético da vida humana em sociedade.
        E, como estratégia, acredito que o caminho é o diálogo, quando o reconhecimento da infinita diversidade
        do real se desdobra numa disposição generosa de cada pessoa para tentar incorporar ao movimento do
        pensamento algo da inesgotável experiência da consciência dos outros”. (Ferreira, 2000).
     ■ O elemento mais importante é o diálogo.



Gestão e Organização Escolar

Aula 5 – Gestão da Educação e as Políticas de Formação de Profissionais da Educação

Resumo elaborado por Nanci Fachini

► Gestão da Educação
     ■ É uma prática de apoio à prática educativa.
     ■ “Gestão da Educação ou Administração da Educação no âmbito das políticas que as norteiam e
         configuram a cidadania de seus atores, exige que se analise e reflita sobre a formação de profissionais
         da educação que dirigem a educação e formam os homens e mulheres brasileiros”. (Ferreira, 2003).

► Formação dos Profissionais da Educação
     Formação
         - É composta de 2 termos:
            • Forma e ação
               São de diversas ordens:
                  › do ponto de vista científico.
                  › do ponto de vista técnico.
                  › do ponto de vista ético.
                  › do ponto de vista político.

      UNESCO – Conferência Mundial sobre Educação Superior.
          • Declaração Mundial sobre Educação Superior no Século XXI: Visão e Ação – Paris, 1998.
      ■ Plano Decenal de Educação para Todos (1993 – 2003).

      Profissionalização
          • Desenvolvimento sistemático da educação.
      ■ Progresso dos conhecimentos científicos e Tecnológicos.
      ■ Quadro de responsabilidades preestabelecidas.
      ■ Critérios éticos que regem a atividade.
      ■ Contextos e características culturais.
      ■ Filme: “Sociedade dos Poetas Mortos”.

      Capacitação de Dirigentes
          Eixos de Formação
             › Contextual.
             › Institucional.
             › Teórico-prático (práxis).
             › Ético.
             › Investigativo.

       Curso de Pedagogia
           Forma dirigentes educacionais.
           • “A atuação do profissional de educação no campo da gestão, requer o desenvolvimento de
              determinadas competências/habilidades que precisam ser tematizadas e experienciadas no decorrer
              do programa de formação que articule de forma sistemática teórica e prática.
              Essa é a responsabilidade do curso de pedagogia que forma dirigentes para o ensino, a pesquisa e a
              extensão”.
        Marcos Teóricos
            1. O entendimento das políticas educacionais no contexto sócio-político-cultural, que as engendram,
                bem como de seus desdobramentos nos diversos níveis e instâncias do público, visando a
                instrumentalização para intervenção no plano político, pedagógico e curricular.
            2. O entendimento da escola como uma construção histórica e sócio-cultural e, portanto, em
                 permanente mudança.
      3. O entendimento dos parâmetros que orientam os processos de gestão educacional, considerando as
          relações entre o mundo do trabalho, da cultura e as relações sociais.
   Qual é o maior compromisso do dirigente?
       • “Uma prática de gestão comprometida com a formação de homens e mulheres brasileiros fortes e
          capazes de dirigir seus destinos, os destinos da nação e os do mundo, tem que possuir a força do
          conhecimento, a emancipação que possibilita o equilíbrio da afetividade nas relações, a competência
          em todas as atividades e a riqueza firme do caráter que norteia as nações”. (Ferreira, 2003).
 
 
          Gestão e Organização Escolar

Aula 6 – A Administração da Escola

Resumo elaborado por Nanci Fachini

► Administrar a Escola:
     ■ É conhecer a escola para saber, a partir de suas funções, de seus compromissos, de suas
        responsabilidades, como administrá-la, para que ela, realmente, cumpra essas responsabilidades e
        compromissos.
     ■ É renovação nos métodos de gestão escolar.
     ■ É reposição da escola em geral e da escola pública, como lócus fundamental, para a formação da
        cidadania.
     ■ É receber criticas que, porém, não devem ser generalizadas.
     ■ É dinamizar a escola e a educação.
     A escola para ter vida necessita do que?
         • preparação de aulas com competência e vontade de ensinar.
         • respeitar o aluno.
         • ser dinamizada, tornando-a mais qualificada e inclusiva.
         • dar mais espaço (físico, escolar), para professores e alunos.
         • Responsabilizarmo-nos mais.
         • estimular o controle democrático da comunidade.
         • tornar a escola um valor nacional.
         • brigar para modificar o peso relativo da política educacional vis-à-vis as demais políticas
           governamentais, em particular a política econômica e financeira.

      Problemas e soluções
         • decisões governamentais têm que ser vinculadas com as necessidades sociais de um país.
         • correlação de forças para reivindicações.
         • capacidade social, vinculada à capacidade individual.
         • Institucionalidade política → ler na sociedade a necessidade social dos alunos; competência de uma 
           formação de qualidade.
         • Disposição ética para mudar, para se abrir para o outro, para a construção de uma nova sociedade. É
           uma disposição de dentro para fora.


 
 
Gestão e Organização Escolar
Aula 7 – Projeto Pedagógico: a autonomia coletivamente construída na escola
Resumo elaborado por Nanci Fachini
Autonomia da escola
     É a oportunidade da escola se auto definir enquanto identidade, enquanto configuração de instituição,
         para tomada de decisões, subsidiada pelo poder público.
Estado Mínimo significa dar pouca sustentação a sociedade civil, e enquanto sociedade política, o Estado
     Mínimo abstem-se de suas obrigações então, descentraliza-se as decisões, em nome de uma chamada
     autonomia da escola.
Autonomia Decretada é a desresponsabilização do Estado Mínimo com a Unidade Escolar, com o Sistema
     Educacional Brasileiro.
Autonomia Construída é aquela que é conquistada pela escola, que se apóia não no Estado Mínimo e sim,
     na construção da identidade da escola, colaborativamente com o Estado.
► Gestão da Educação
     ■ É a tomada de decisões, consciente e lúdica.
► Projeto Político Pedagógico (PPP).
     ■ Projeto é a meta, mas torna-se concreto e gerador de movimento quando transposto para a compreensão
        das pessoas e por elas assumido.
     ■ O PPP é um empreendimento, organização de ação em função de necessidades e desejos de sujeitos
        concretos.
     Princípio norteador de um Projeto Pedagógico
         • Sua intencionalidade é a base pela qual se desenvolve o trabalho escolar.
     ■ “O Projeto Pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação
         do seu papel social e a clara definição dos caminhos, formas operacionais e ações a serem
         empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. Seu processo de construção aglutinará
         crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e científico, constituindo-
         se em compromisso político e pedagógico coletivo”. (Veiga, 1998).
     O Projeto Pedagógico
         Cria significa à medida que nos questionamos sobre o que queremos com a escola e os rumos a
            seguir.
         • Tem como meta a preparação e a capacitação política dos cidadãos de uma nova sociedade.
         • Recriar seres humanos novos, críticos, criativos, capazes de preparar as condições que tornarão
            possíveis novas estruturas sociais pautadas na fraternidade, na solidariedade, na justiça social e na
            verdadeira cidadania para todos.
         • Criar novas metas sociais que venham contribuir para o estabelecimento de uma sociedade mais justa e
            humana.
         • Clarificar as questões prioritárias e propor, alternativas de solução.
         • Decisões sobre a seleção de valores a serem consolidados. A busca de pressupostos teórico-
            metodológicos, a identificação das maiores aspirações das famílias em relação à escola.
      Direção
          Direção X Autoritarismo
             Autoritarismo é a exarcebação de autoridade, é abuso do poder, é a expressão individualista de
               interesses pessoais que não refletem os interesses coletivos. É a personalização da incompetência
               por abuso de poder e descompromisso com o coletivo.
             Direção é a função que assegura a manutenção de uma estrutura e o regime de atividade na
                realização de um programa/projeto. Ela não se impõe. É uma influência consciente sobre
                determinado/específico contexto com a finalidade de ordenar, manter, aperfeiçoar e desenvolver uma
                programação planejada e projetada coletivamente. É a “condução” da construção coletiva do PPP da
                escola.
       Pensar e fazer o PPP
           1. Assumir a competência primordial da escola: educar, ensinar/aprender.
           2. Dinamizar os conteúdos curriculares de maneira a provocar a participação do aluno.
           3. Lutar pela valorização dos profissionais da educação, fortalecendo sua formação inicial e continuada,
               propiciando condições de trabalho.
           4, Entender que os alunos provenientes das classes populares são sujeitos concretos que tem uma rica
               experiência e possuidores de diferentes saberes.
5. Criar e institucionalizar instâncias colegiadas na escola.
6. Criar o Conselho de Diretores de Escolas Básicas, por município, nos moldes do conselho de
    diretores das Escolas Técnicas Federais (Conditec).
7. Definir a política global da escola por meio do PPP elaborada de baixo para cima, contando com a
    participação de todos os segmentos da escola.
8. Desocultar os interesses envolvidos nas decisões, reforçando o diálogo e construindo formas
    alternativas de superação das propostas oficiais e verticais.
9. Fortalecer as relações entre as escolas e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação,
    Delegacias, Coordenadorias Regionais e Instituições de Ensino Superior.
 10. Reivindicar a participação das escolas na definição das políticas públicas para a educação.
Gestão e Organização Escolar

Aula 8 – Participação e Gestão Democrática Escolar

Resumo elaborado por Nanci Fachini

Participação
    ■ O termo participação origina-se do latim → participationis, que quer dizer: pertencer a.
    ■ A participação na Gestão Escolar é fundamental. Porém, para que haja participação é preciso que a
       escola saia detrás dos seus “muros” e vá até a comunidade, para seduzi-la à participação.
    ■ O significado mais poderoso da democracia não é formado pela capciosa retórica política, mas nos
       detalhes da vida cotidiana”. (Apple & Beane, 1997).
    ■ Educação é a mediação entre a sociedade e política educacional.

EDUCAÇÃO
Mediação
                                                                                       
                                                        Política Educacional    sociedade

    ■ “Cultura de nós” → significa cultivar a coletividade e a convivência com todos que irão trabalhar na escola.
        E educação torna-se disciplinada e amorosa.
    ■ Filme: “Ao Mestre com Carinho”.

►Gestão Escolar Democrática
    ■ Propõe aos jovens que abandonem o papel passivo de consumidores do saber e assumam o papel ativo
       de “elaboradores de significados”.
    ■ Reconhece que as pessoas adquirem conhecimento tanto pelo estudo de fontes externas, quanto pela
       participação em atividades complexas que requerem a construção de seu próprio conhecimento.
        Participação açãodecisão.
    ■ A Gestão Escolar Democrática só pode ser participativa.
    ■ Requer que os problemas, eventos e questões que surgem no decorrer de nossa vida sejam considerados
       de forma inteligente e reflexiva.
    ■ Possibilita aos alunos se tornarem instruídos e capazes
    Modo de vida democrático é participação com todos pensando, refletindo, agindo.
    ■ É um processo criativo de buscar formas de ampliar horizontalmente e verticalmente os valores da
       democracia.
    ■ Os educadores têm que ser democráticos, humildes, “descer do seu pedestal” e de sua arrogância
    ■ A direção tem que ser firme, mas com sabedoria.
    ■ Ela desenvolve-se e realiza-se através da efetiva participação.
    ■ Envolve um conjunto de valores, principalmente o valor universal que é o da participação.
    ■ Envolve a participação nos movimentos sociais e na escola.
    ■ Deve fortalecer os indivíduos e grupos em geral silenciados.
    ■ Criar novas formas de articular o mundo real e os problemas sociais reais coma a escola.
    ■ A construção coletiva da cidadania só é possível através da participação efetiva dentro da escola, local
       onde se dá a aprendizagem de tudo, não só dos conteúdos científicos, como também o da convivência,
       que possibilita a participação cidadã e coletiva na sociedade.
    ■ Se as escolas de uma sociedade democrática não trabalham para defender e ampliar a democracia, são
       socialmente inúteis ou perigosas. Na melhor as hipóteses educarão pessoas que, de forma individualista,
       vão viver sua vida e ganhar seu pão indiferentes às obrigações da cidadania, como também, em participar
       do modo de vida democrático em geral.
       Ao contrário, as escolas de uma sociedade democrática existem e trabalham para defender e ampliar a
       democracia, através da conscientização que se efetiva através da participação de todos na construção
       coletiva da cidadania.








Gestão e Organização Escolar
Aula 9 – Gestão Democrática da Educação: modalidades de participação da comunidade escolar
Resumo elaborado por Nanci Fachini

► Participação é conquista, ação, é destinada a autopromoção humana.
     Modalidades de participação:
        • É autopromoção.
        • É conquista.
     ■ A maior virtude da educação é ser instrumento de participação política.
     ■ Participação e formação para a cidadania.
     Projeto de Cidadania
        • Um projeto de cidadania é aquele que compreende todos os elementos necessários à formação para a
          Cidadania. Ele compreende:
Ø  Noção de formação.
Ø  Noção de participação, de autopromoção, de auto-definição.
Ø  Noção de sujeito social.
Ø  Noção de liberdade, igualdade, comunidade.
Ø  Noção de direitos e de deveres.
- Constituição Brasileira, 1988. 
                 - LDB – Lei 9394/96.
      Modalidades de participação da escola
         • “A escola tem de ser encarada como uma comunidade educativa, permitindo mobilizar o conjunto dos
            atores sociais e dos grupos profissionais em torno de um projeto comum. Para tal, é preciso realizar um
            esforço de demarcação dos espaços próprios de ação, pois só clarificação destes limites se pode
            alicerçar uma colaboração efetiva”. (Nóvoa, 1995).
► Liberdade
      ■ Vem do latim → libertaz – atis, quer dizer: ser livre.
      ■ O funcionamento de uma organização escolar vai delimitar, aos sujeitos que nela vive, profissionais da
         educação, professores, supervisores, orientadores, diretores, funcionários, alunos e pais, como organizá-
         la, dentro dos seus “territórios e de suas “demarcações”.
      ■ “A escola dirige-se a todos, é aberta a todos e trata de formar a liberdade”. (Snyders).
      Liberalismo
         • A liberdade é o primeiro dos direitos individuais.
         • A liberdade se afirma na autonomia e na independência do indivíduo em relação à autoridade política e
           social, e na dependência desta autoridade diante das vontades individuais.
      Baruch Spinoza (1632-1677)
         • O conceito de liberdade tem uma interconexão orgânica com o conceito de necessidade”.
         • Pesquisar o conceito de ética de Spinoza.
      ■ Friedrich Hegel (1770 – 1831)
         • Concepção da unidade dialética entre liberdade e necessidade.
      ■ Antônio Gramsci (1891-1937)
         • A liberdade se manifesta na ausência de toda forma de opressão e a maior forma de opressão é a
           ignorância.
A Estrutura Pedagógico-administrativa da Escola
     Se configura a partir da participação e no coletivo de todos, na educação, dentro do espaço escolar.
► A Estrutura Social da Escola
     ■ É a relação com a comunidade.
► O Projeto Político Pedagógico
     ■ Construído e desenvolvido coletivamente.
► Órgãos da Gestão Escolar
     ■ Conselho Escolar.
     ■ Conselho de Classe.
     ■ Associação de Pais e Mestres (APM).
     ■ Grêmio Estudantil.
► Pilares para a Educação no Século XXI – Relatório da UNESCO
1.     Aprender a conhecer;
2.     Aprender a fazer;
3.     Aprender a conviver e
4.     Aprender a ser.
     ■ “Da escola espera-se que ela promova a capacidade de discernir, de distinguir, de pensar que supõe
         assumir o mundo, a realidade histórica como uma matéria perceptível e com objetividade que nos permita
         sua maior compreensão e intervenções deliberadas. Da escola se espera o fortalecimento de sujeitos
         que capazes de elaborar conhecimentos, contingências e estruturas, possam imaginar outros mundos
         ainda não concretizados e neles investir com paixão para construir tempos e lugares que ampliem as
         alternativas da realização humana e sócia”. (Linhares, 1986).
Módulo 4 – Gestão Educacional  e Organização do Trabalho Pedagógico
Aula 10 – Por uma nova organização do trabalho pedagógico:planejamento e Avaliação Educacional na Contemporaneidade

Resumo elaborado por Nanci Fachini

Hoje, a contemporaneidade está exigindo que as pessoas tenham tomadas de decisões sérias,
     comprometidas e muito atualizadas, por parte dos gestores educacionais.
A Nova Organização do Trabalho Pedagógico precisa ser alicerçada no planejamento e consequentemente na
    avaliação. Binômio: planejamento/Avaliação (Insubstituível e Indissolúvel).
Que tipo de Planejamento vamos trabalhar?
     Concepção Tecnocrática → concepção autoritária, planejamento em gabinetes.
     Concepção Democrática →comprometido em devolver planejamento e avaliação de forma participativa.
     Planejamento Participativo
        • “O controle necessário é o que se fará na construção coletiva do projeto acadêmico/educacional à luz dos
            princípios e elementos mencionados e do saber científico na sua forma mais elaborada que possibilite o
            domínio de conteúdos e de habilidades cognitivas superiores que devem ser estudados, discutidos,
            rediscutidos e incorporados à prática gestora que o profissional da educação deverá exercer o âmbito
            educacional escolar”. (Ferreira, 2001).
        Características do Planejamento Participativo
1.     Processo de formação da consciência crítica na comunidade;
2.     Necessidade de tomar decisões concretas de enfrentamento dos problemas;
3.     Necessidade de organizar o trabalho pedagógico.
  • “A educação como acontecimento ético significa uma ação constitutivamente ética, isto é, não como uma
     relação com o outro entendida em termos econômicos, de intercâmbio e simetria, mas como a prática da
     hospitalidade e acolhimento ao recém chegado.
     Nesse sentido, concebe a educação na relação e na experiência do outro, da alteridade no sentido de superar
     a educação técnico-científica, que tem sido defendida pelo humanismo conservador apregoado pelo
     neoliberalismo.
     Assim, a educação como acontecimento ético, culmina em uma ética sensível ao sofrimento”. (Ferreira, 2003).
► Organização do Trabalho Pedagógico na Escola
     Ela pode ser entendida a partir de 4 pilares básicos:
         1. Políticas (normas)
             São as orientações mais gerais do processo, as direções de mudanças a serem efetuadas.
             São as diretrizes ou linhas de ações que definem ou norteiam práticas, como normas, leis e orientações.
         2. Planejamento (elaboração de planos)
             • É o processo de elaboração de planos de ação, que obedece e operacionaliza diretrizes com vistas à sua
               concretização.
         3. Gestão (tomar decisões do controle de qualidade)
  É o processo de coordenação da execução de uma linha de ação.
   4. Avaliação (executar o planejado)
       • É um processo de análise ou julgamento da prática.
       • Constitui a instância crítica, da operacionalização ou melhoria de uma linha de ação ou execução de um
         plano.
► Prática Profissional da Supervisão ou Coordenação do Trabalho Pedagógico
1.  Política: coordenação da interpretação/implementação e “coleta” de subsídios para o desenvolvimento de
                     novas políticas mais comprometidas com as realidades educacionais.
2.  Planejamento: coordenação, construção e elaboração coletiva do projeto acadêmico/educacional,
                                implementação coletiva, coordenação da “vigilância” sobre seu desenvolvimento e
                                necessárias reconstruções.
3.  Gestão: coordenação de todo o desenvolvimento das políticas, do planejamento e da avaliação construído e
                     desenvolvido coletivamente.
4.  Avaliação: análise e julgamento das práticas educacionais em desenvolvimento a partir de uma construção
                          coletiva de padrões.
■ “Compete à Gestão Democrática da Educação o compromisso de possibilitar uma formação continuada que se
    alicerce nos princípios constitucionais de liberdade e solidariedade e no exarada em todos os documentos
    mundiais que garantem os direitos dos cidadãos. A cidadania mundial só se concretizará quando o estatuto
    teórico da formação continuada se alicerçar numa nova ética humana mundial solidária que respeite as
    diferenças e garanta um continuum de formação humana a todos os seres vivos até o término de suas vidas,
    superando a maldade instituída no mundo pelo individualismo hedonista, competitivista e narcisista e
    instalando, através da construção coletiva e solidária, a bondade necessária à verdadeira construção humana”.
    (Ferreira, 2003)



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